sexta-feira, 7 de março de 2014

Cigano Áramis

Na terça-feira passada recebi um e-mail que muito me honrou, mas que também me deixou deveras surpreendida. A mensagem veio de São Paulo e se dignava a parabenizar meu trabalho no Vida Cigana, porém o inesperado se deu por conta da assinatura: Rodrigo Valenzuela Fernandes, um cigano de sangue Calé e Calderash.

Ao fazer sua apresentação a mim, Rodrigo disse que este era seu nome de documentação, mas que na comunidade atendia igualmente por Ramires ou Áramis. Fizemos contato dias seguidos e logo nosso sobrenome incomum (Fernandes) tornou-se um de nossos assuntos. Áramis, como passei a chamá-lo, havia me perguntado se eu era cigana: “Tu san romi asau ?", ou seja, “você é cigana também?” Disse-lhe que só de alma, foi quando ele relatou que, por tudo que leu de mim e com o aval do “Fernandes”, não tinha dúvida de meu sangue ser cigano. Contou-me que “Fernandes é um dos sobrenomes mais comuns entre os Calons, taxeiros e de acampamentos...” Lançou-me uma indagação afirmativa: olhe os fatos... de onde vem tudo que você sente? É prima!”.

Com ou sem sangue cigano, amo essa cultura que tanto me engrandece, e nas minhas peregrinações na internet, três dias após o primeiro contato como Áramis, encontrei esta tela de Maria do Carmo da Hora no qual a mesma diz retratar a cigana Carmecita e o cigano Áramis. Fiquei pasma ao ver a imagem de um cigano com o mesmo nome e com vestimentas tão parecidas com a de meu novo amigo (já tive oportunidade de várias fotos dele e de seu povo). Coincidência? Não tenho resposta!

Rodrigo Valenzuela Fernandes (Áramis), é casado, tem filhos e se dispôs juntamente com Jovanka, sua esposa, a contar um pouco de sua vida e cultura aqui no blog, “visando sempre o esclarecimento de dúvidas, a divulgação da cultura e quebra de objeções e preconceitos...”.
Opachá!
  • Valéria Fernandes
Detalhe de uma tela de Maria do Carmo da Hora

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