sexta-feira, 29 de agosto de 2014

CIGANA CARMEM

É uma cigana encantadora que gosta de festa, música, dança e muitos sorrisos.
Trabalha juntamente com todas as forças da natureza, principalmente as do fogo, pois atua com as Salamandras.
Utiliza estrelas de cinco e seis pontas que represerespectivamente a magia e o amor.
Também utiliza a simbologia de uma espiral que é uma forma da antiga escrita voltada para a magia, cura espiritual e física, e a promessa de proteção contínua para a médium e os que a rodeiam.
Há muito tempo não reencarna aqui, mas também faz parte da grande missão de outros seres terrenos e de diversos tipos de entidades.
Tomou a identidade de cigana por ter sido a última em que passou por aqui, e foi preciso haver uma adaptação dela para chegar mais próxima das pessoas deste mundo, e assim atingir mais as massas, podendo assim se expressar e atender aos pedidos das pessoas, trabalhando com os seus sentimentos.
Seu trabalho é feito da seguinte forma: desperta nas pessoas o poder que elas mesmas possuem em realizar coisas boas.
A entidade é uma mensageira de amor, e uma representante do elo de ligações entre tantos mundos.
Nada mais faz do que pedidos a entidades superiores, a respeito dos suplícios dos consulentes, e estes recebem a graça pelo seu próprio merecimento.
O seu trabalho mais importante é o despertar das pessoas para a espiritualidade e para a humildade, que para ela, caminham juntas.
Por isso escolheu a Umbanda, e em especial este templo, onde isto é tratado com bastante cuidado e responsabilidade.
A espiritualidade uniu estas pessoas propositadamente, é claro também, tantos outros grupos espalhados por todo o planeta.
Quando passou por aqui foi uma ciganinha bastante bem humorada, e desde cedo foi iniciada em magia por uma cigana mais velha.
Chamavam-na de feiticeira da tribo. Fez muitas coisas boas, e coisas ruins também, pois trabalhavam com a cura e com interesses próprios, tais como o ouro.
Desencarnou ainda jovem; não se casou, porém já estava prometida a um cigano bem mais velho.
Se revoltou com isto, pois havia se apaixonado por um homem de fora da tribo, e com isto a deixaram de lado por um bom tempo.
Deveria casar-se aos 14 anos, mas tinha que esperar o tal cigano passar por alguns rituais. Foi aí que aproveitou. Mesmo sendo deixada de lado, vivia sempre feliz e sorridente e encontrava-se com o tal homem de uma tribo bastante diferente da dela.
Começou a aprender com ele a magia dos índios e da natureza, e quando sua tribo descobriu, fizeram uma grande festa para ela.
Convidaram toda a tribo indígena e o seu futuro marido matou os dois no meio de toda a tribo, amarrados a uma árvore, com o seu punhal em seus corações.
Foi escolhida esta morte para servir de exemplo a outras ciganas. Mas, desencarnou feliz ao lado da pessoa que amava e com sua personalidade fortalecida.
Material de Trabalho: Bola de Cristal, Pêndulos, muitas pedras, incensos, velas coloridas, entre outros.
Locais de Entrega: Em campos embaixo de uma árvore.
Bebe: Vinho tinto
Fuma: Cigarros de preferência os que contém cravo.

CIGANO VLADIMIR

Era moreno-claro, de olhos e cabelos pretos.
SUAS ROUPAS
Wladimir usava roupas diferentes, conforme a fase da lua.
O detalhe constante nessas roupas é que a calça era sempre da mesma cor do colete de veludo que ele vestia por cima da blusa.
Na Lua cheia ele usava blusão vermelho com colete e calça azul-turquesa; na Lua crescente, blusão branco, colete e calça brancos rebordados com fios de prata;
na Lua nova, blusão azul-turquesa, colete e calça vermelhos rebordados com pedras coloridas; e,
na Lua minguante, blusão branco de mangas compridas, colete e calça marrons e uma faixa branca na cintura.
Em todas as fases da Lua ele usava na cintura uma faixa branca, na qual trazia o seu punhal de prata.
SEUS ADEREÇOS
O lenço que Wladimir usava na cabeça era de cores diferentes, conforme a fase da Lua.
Era azul na Lua cheia, branco no quarto crescente e vermelho na Lua nova.
Na orelha esquerda ele trazia uma argola de ouro e, no pescoço, um cordão de ouro com um medalhão antigo de seu clã.
SUA MAGIA
O Cigano Wladimir aprendeu a tocar violino com seis anos de idade.
Hoje, quando chega à Terra como espírito,pede logo o seu violino e começa a tocar antigas músicas eslavas.
Um detalhe importante: quem tem esse Cigano na aura não precisa saber tocar violino, pois, ao chegar, ele traz a essência da música.
Esse é o mistério de Wladimir.

CIGANO TIAGO

Tiago era umcigano sábio pertencente a caravana da luz de Wlanasha e Wladimir, os guardando dos males do mundo.
Realiza seu trabalho auxiliando-nos encarnados e desencarnados na busca da sabedoria, estabilidade e na firmeza das ações.
Vitaliza na essência de cada um a perseverança das nossas provações, direcionando-nos no sentimento da fé.
Quando quiser conversar com ele acenda uma vela amarela e um incenso de rosas amarelas.
Juntamente com um copo de água se estiver passando por chateações.
Cigana Miroan é sua companheira desde muitas vidas.
Ela cuida da família, dos sentimentos, da saúde e do amor incondicional.
Trabalha assim com velas de cor rosa.

CIGANA ZAIRA

Espanha! Terra de sonho, sol, flores e músicas, das roupas coloridas do meu povo.
Um príncipe saía escondido do castelo vestindo roupas de plebeu.
Ele queria estar entre os ciganos e assim o fez.
Juntou-se aos ciganos e começou a dançar ao som da música e da alegria desse povo.
Nesta hora, passou a cigana Zaira e disse:
_Vamos dançar.
Ao passar perto dos vinhos, pegou uma caneca para ela e outra para ele.
O príncipe, que naquela hora era um plebeu, disse que, ali, até o vinho comum lhe parecia infinitamente melhor do que o da sua adega.
Zaira rodopiava, mergulhada na musica.
Nos braços dele, seu corpo jovem e belo parecia ter asas e em seu rosto havia satisfação.
Olhando-a, o principe falou:
_Como te chamas, cigana bela?
-Sou Zaira- disse-lhe ela. – E tu como te chamas?
_ meu nome é Sol.
Ela alisou-lhe o rosto com suavidade e disse:
_Não és cigano, quem és? -
Não sou cigano, sou um pobre-coitado.
Ela riu e disse: – Não nos deixaremos mais.
Virás conosco; se não és ninguém, podes ser cigano.
Ele sorriu, pensando:” se eu pudesse”! Mas, por que não? Talves fosse possivel ficar uns tempos com eles; seria fascinante.
A esta altura, ele não se conteve. levou-a para um lugar deserto e, no campo ermo, á luz das estrelas e da Lua, amaram-se loucamente.
Os encontros dos dois foram muitos, até que um dia ela disse: Iremos levantar acampamento amanhã.
Mas ele não poderia ir.
A cigana continuou: – Tu és fidalgo, mas te quero assim mesmo. Vem conosco.
Mas ele disse: – Nada vou te esconder de minha parte.
Eu sou o príncipe herdeiro do trono.
Esquece-me, pois não podemos mais estar juntos – E foi-se afastando.
Zaira olhou para o céu e disse: -
Isto é para que eu aprenda que as ciganas não podem se casar com gajões.
O tempo passou.
Viajando daqui para lá, depois de nove meses, Zaira deu a luz uma menina e veio a falecer.
Essa menina se chamou Zaina e um cigano tomou-a sob sua proteção.

CIGANO HIAGO

Esse cigano é um rapaz que fez a passagem com 21 anos.
Gosta da planta chamada gálbano, que é da família do funcho e tem um aroma muito agradável.
Diz Hiago que esse perfume estimula a confiança, a harmonia, a paciência e favorece a cura.
Hiago esclarece que o gálbano é indispensavel na iniciação espiritual e no conhecimento do interior.
Hiago trabalha trazendo na mão um cristal de granada ou de jaspe sanguíneo.
Ele tem uma reza que é o poder da sua cura:

CIGANA SULAMITA

 Adora trabalhar só com frutas e com as folhas dos pés das mesmas frutas. Faz sua magia com folhas de maça, para o amor; folhas de pêra, para a saúde; folhas de uva, para união; folhas e flores de mamão, para afastamentos; umbigo de banana, para feitiços; folha de fruta-de-conde, para aproximação; folhas de laranja, para acalmar fúrias; folhas de caqui, para tirar o mal. Ela gosta de trabalhar com a fogueira, jogando nela as folhas secas, conforme o problema de cada um.
Sua pedra preferida é o quartzo-citrino, amarelo-ouro. Ela faz uma amarração para casamento colocando um pedaço desse cristal em cima de cada uma das folhas de maça, fruta-de-conde e uva-verde com que trabalha; depois, joga por cima flores de laranjeira. Ela afirma que o casamento sai antes de três Luas cheias.
Sulamita, que Bel-Karrano (Deus-Céu) ilumine muito seu espírito para que você possa ajudar quem precisa de sua ajuda.

Pombagira Cigana das Encruzilhadas...



"Vinha caminhando a pé, para ver se encontrava a minha Cigana de fé.
Ela parou e leu minha mão e disse-me toda a verdade... E eu só queria saber onde mora: Pombagira Cigana de fé!"


Essa Pombagira Cigana possui uma história bastante peculiar de solidão e sofrimento. Nasceu na Baviera (Bayern - popularmente conhecida por Bavária), uma das maiores regiões da Alemanha. Seu nascimeno foi muito festejado por seus pais, que pertenciam a religião pagã dos Celtas - o Druidismo. Ela seria uma sacerdotisa (druidesa) e desde muito cedo aprendeu a arte de curar, os nomes das ervas e a interpretar os sinais da natureza. Aos doze anos era uma linda menina que conhecia muito de sua antiga religião.

Nessa época a Inquição fazia incursões pela Europa caçando "bruxas" e antigos seguidores das religiões ancestrais. Seus pais sempre mantinham tudo muito bem guardado e escondido num porão. Mas, alguém os delatou e a Inquisação bateu em sua porta. Seus pais foram presos, julgados e condenados. Seu irmão foi degolado ali mesmo. E ela, por ser menina, foi preservada e levada até a Itália, para ser a serva de um importante Bispo. Durante um ano tentou em vão escapar. Quando a oportunidade surgiu, ela apunhalou seu captor e conseguiu fugir. Foi ajudada por um guarda em troca de favores sexuais.

Atravessou a Itália, com a intenção de retornar à Alemanha, mas quando soube das Guerras que por lá estavam acontecendo, decidiu ir para a França. Já estava com 17 anos e toda a sua inocência havia se perdido. Agora conhecia a realidade da vida e a crueldade do homem. Sobreviveu na travessia, escondendo-se pela estrada, viajando a noite e trocando favores como podia. Ela chegou ao sul da França em 1728 e se instalou numa choupana abandonada próximo a um vilarejo. Com o tempo, começou a praticar sua antiga religião e começou a ser procurada por aqueles que precisavam de ajuda. Ganhou a confiança do vilarejo e pode viver tranquilamente por vinte anos. Nunca quis casar, porque ainda lembrava os maus tratos que sofreu, quando menina, nas mãos de seu captor.
Porém, a Inquisição voltou a encontrá-la e dessa vez não escapou. Foi presa, julgada e condenada por prática de bruxaria. Torturam-na e enforcaram-na numa encruzilhada da vila. Muitos no vilarejo também foram mortos. Durante algum tempo seu espírito vagou querendo vingança e perseguindo aqueles que a condenaram. Quando foi recolhida à Aruanda compreendeu sua história e relembrou sua missão de vida. Foi convidada a ficar e a trabalhar; poderia usar todo o seu conhecimento ancestral e auxiliar a quem necessitasse. Assim, tornou-se a Pombagira Cigana das Sete Encruzilhadas, porque seu espírito viajou muito e conheceu muitas estradas...

domingo, 17 de agosto de 2014

LENDA CIGANA ROSITA.



Esta cigana é de origem indiana, embora tenha vivido durante toda a sua vida entre França e principalmente na Espanha, local de nacionalidade de seu pai. De pele clara e cabelos muito negros, era de beleza impar. Tendo veia muito artística logo se enveredou pelos caminhos da arte da dança. Uma dança sem par, misturando passos do tradicional katac indiano, danças mouras marroquinas e o tradicional flamenco espanhol. Fazendo uma dança cigana cheia de movimentos, sapateados e véus, hipnotizadora e avassaladora. Logo que chegou a idade em que se desperta desejo aos homens, ela foi proibida de dançar em publico de gadjos, como fazia nas praças espanholas.
Como num prenuncio de que algo poderia acontecer. Assim foi. Um dia em kumpania em orla espanhola, num lugarejo distante, dançava na praia para a luz da lua, quando um gadjo olhava e se encantava com os movimentos suaves que Rosita para a lua. Este homem ficou tão inebriado que passou a ir todas as noites na esperança de vê-la dançar. Ficava cada dia mais apaixonado por esta linda mulher que carregava a meninice dentro dela, dentro daquele corpo de mulher e alma de bailarina. Um dia tomado de paixão, se aproximou e ela assustada fugiu. Ele ficou chateado, mas voltou em outro dia. E quando ela ia correr, ele a tomou pelo braço e impensadamente a beijou.
Ela sem saber porque correspondeu apaixonadamente. Ao se afastarem ele disse que a amava profundamente sem saber porque, mas sentia pulsar este sentimento com fosse o sangue das veias, como se fosse este amor, o combustível da vida. Ela sentia igual, mas era prometida e nada poderia fazer. Disse que ele se afastasse, que fosse embora. Ele prometeu segui-la aonde quer que fosse, somente para vê-la. Nisto se aproxima seu noivo e futuro dono de sua vida, ao perceber o ar enamorados deles, a arrastou violentamente e disse: Rosita, tu sabes que és minha, não sei o que aconteceu entre você e aquele homem, mas saibas que mesmo sem saber eu vou mata-lo. Rosita ficou muito apreensiva e nada disse, não naquela hora, mas pelo susto, nada podia dizer. E assim foi, depois de algumas semanas quando o homem foi apreciar a linda dança da cigana prometida, seu noivo estava a espreita e logo num golpe de facas mortal o matou. Rosita de resignou ao saber, sofria calada, mas disse ao noivo quando este contou: Sabes que estava errado e que eu nunca tive nada com aquele homem, mas apesar disso eu o amei, porque ele me deixava ser livre.
Eu serei tua prisioneira, mas o meu amor, o meu coração, tu nunca terás. E assim casou, teve filhos, mas só nos momentos de sua dança solitária se sentia liberta e amada pelo homem que morrera por sua causa, sem mesmo ter tido os desejados momentos de paixão com ela. O marido lhe proporcionava uma vida satisfatória em termos materiais, mas também não conseguia perdoar o fato de ela não lhe amar. Sendo assim ela viveu para seus filhos,e para sua arte, encantava a todos com o coração sangrando. Ela acabou falecendo de tristeza e desamor que havia dentro de sua casa.
No astral ela é mestra em fazer com que os amores verdadeiros venham poder se realizar, realiza feitiços enquanto dança e harmoniza a aura das pessoas. Em sua dança diferente consola os aflitos, as amigas, as mulheres e as mães. Rosita que foi prisioneira durante toda a sua vida, faz com que as pessoas gozem a liberdade com seus sábios conselhos, com suas sabias mãos. Seus olhos misteriosos, traduzem tudo, muitas vezes sem palavras, é amorosa, gentil, bonita, seu ditado favorito é: Eu fui prisioneira da vaidade e do desejo, hoje sou prisioneira da liberdade do amor. Ela realiza feitiços que libertam os amores impossíveis, trazendo o entendimento para todos

DANÇA CIGANA.

A dança cigana nasce em nossa alma, sai de nosso interior. É energia em forma de movimento; as nossas vibrações mais íntimas se exteriorizam no ritmo do som, da música, das palmas, dos estalos dos dedos, ou ainda dos instrumentos.
Sentimos um misto, de força, alegria, desprendimento, uma firmeza tão grande, quase inexplicável.
Assim, podemos facilmente, associar a dança cigana, aos trabalhos espirituais umbandistas, já que vários médiuns, que trabalham com entidades ciganas, procuram esse estilo de dança, como meio de aprendizado, da cultura e tradição desse grupo tão perseguido, e, tão mal compreendido pelas pessoas.
Quanto mais nos doamos ao aprendizado, mais conseguimos compreender e desmistificar vários preconceitos, sobre os ciganos e sobre as entidades que atuam nessa linha de trabalho.
As entidades ciganas, não necessariamente, se utilizam da dança para atuar junto das pessoas, mas é uma forma de nos conduzir, de trazer compreensão, entendimento..., assim, nos faz manifestações vivas dessa força de trabalho. Sempre passo as minhas alunas, que quanto mais aprendermos, mais facilmente, os guias que se manisfestam na linha do oriente, conseguirão trabalhar, e, atuar, sobre, e, através de nós.
A dança cigana tira as travas, bloqueios interiores, aquele medo que temos de viver nossa verdade, percebo, que quando temos contato com a dança, nos deparamos com uma ponte, e, conseguimos através da dança atravessá la, e, uma vez do outro lado, simplesmente esquecemos o caminho de volta, ou mesmo, como se nunca tivesse existido, tal caminho.
Essa ponte nos leva para um lugar de total segurança..., luz..., firmeza..., fé..., confiança no Divino Criador..., ela nos conduz para dentro de nós mesmos.
A postura que temos, é a forma como conseguimos enxergar a vida, e a dança nos traz expansão interior, desenvolvimento de nossos potenciais de aprendizagem, crença nas possibilidades de evolução, de uma forma séria e respeitosa.
Respeito à espiritualidade, as tradições, rituais e cultura cigana

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Lenda da Cigana Stella Maris


Na Idade Média havia uma cigana chamada Celeste, que gostava de admirar as estrelas no céu. Porém, havia uma que ela gostava em especial, pois a cada vez que esta moça olhava para aquela estrela brilhante tinha a impressão de ver o rosto de uma criança.
O tempo passou e Celeste casou, mas não conseguia ter filhos, mesmo depois de inúmeras tentativas. Até que um dia, por causa de tantas cobranças, esta cigana fingiu estar grávida e colocou uma barriga falsa.
Mas, uma certa noite, seu povo acampou numa praia e ela resolveu orar para uma entidade, que morava no mar, chamada cigana Yasmin. Assim, Celeste fez o seguinte pedido na beira da praia:
“- Cigana Yasmin, que vira sereia nesta maravilha...
- Por favor, traga-me uma filha.”
Naquele instante surgiu bem na sua frente uma sereia, que apontou para uma estrela no céu. A cigana ficou surpresa, pois a entidade apontou, justamente, para o astro de que ela mais gostava. Porém, naquele instante a mesma estrela caiu no mar e a sereia desapareceu.
De repente, Celeste notou que algo encostou nos seus pés. Quando ela olhou para baixo, a moça notou que era uma estrela-do-mar. Assim, a mulher levou o presente para sua tenda e o colocou ao lado de sua cama.
No meio da madrugada, Celeste escutou o choro de uma criança e viu que havia um bebê bem no lugar em que ela tinha colocado a estrela-do-mar. Naquele instante esta moça teve uma idéia e chamou sua irmã, a cigana Yohanna, que sabia da falsa gravidez. Celeste combinou para que sua irmã mentisse que ela tinha tido a filha naquela madrugada e que o parto foi muito rápido. Então, a jovem concordou.
Desta maneira o bebê de Celeste foi batizado com o nome de Stella Maris, que significa estrela-do-mar numa mistura de Latim com Romani.
Stella Maris cresceu em beleza e virou uma grande bailarina, pois era habilidosa em saltos, em cambalhotas e na ginástica de virar estrela.
Reza a lenda que a entidade chamada Stella Maris costuma atender aos pedidos impossíveis. Dizem que para entrar em contato com ela, basta orar para a estrela mais brilhante do céu perto de uma praia. Assim, se esta estrela cair no mar é sinal de que o pedido se realizará.

domingo, 3 de agosto de 2014

HISTORIA DA CIGANA DA ESTRADA











Nascida na Espanha orfão do pai

a menina com seus 16 anos

fugiu de casa por que não queria

se casar com um rapaz o cigano Baltazar

arranjado pelo mãe, pois ela amava outro homem o cigano pablo,

por sua vez na madrugada

a bela moça caminhando feliz e sozinha .

acobou sendo pega pelo

noivo arranjado alegando

que a moça foi um motivo

de desonrra pra familia dele

pois ele a tirou a vida.

numa estrada ele atirou fogo

no corpo dela e foi embora.

essa é a historia não

total da bela moça, mais é um resumo

da psicografia feita por mãe Dineia de Iansã

pelo espirito conhecido como pombogira cigana da

estrada!!!!

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POEMA DA CIGANA DA ESTRADA









CIGANA DA ESTRADA




Sou filha do Céu e da Terra; irmã da Água e do Ar.




Sou o fogo na Floresta e a branca espuma no Mar.




Sou a Loba; sou a Selva; sou a carícia da Relva;

e a Carroça atrelada.




Sou a beira e o caminho; sou um pássaro sem ninho e do galho mais

fraquinho, todos me escutam cantar!




Sou a menina do Dia e a amante louca da Noite;




sou o alívio e o açoite, e a carne esfacelada.




Sou a abelha rainha, venha provar do meu mel, pois dentro do meu casulo,

Você estará no céu!




Se quer que lhe deixe louco entre um beijo e uma dentada,

me chame de tudo um pouco, mas o meu nome é Sttrada !




Na sombra, eu sou Vaga-lume; na luz, eu sou Mariposa;

sou o inseto que pousa e a lâmpada que é apagada.




Nasci para passar o Tempo e ficar um tempo parada,

mesmo que a vida insista, em me deixar estafada, vou seguindo,

sempre em frente, pois topo qualquer jogada, todos sabem que existo,

pois o meu nome é Sttrada !




Realizo a caminhada; sem precisar me cansar;

percorro vários caminhos; importante é o Caminhar.




Estou aqui, ali e acolá; o que não posso é parar.




Sou casada com o poder de sempre ser encontrada,

aceito qualquer roteiro, me chamam de caminheiro,

mas o meu nome é Sttrada !





Sou a primeira e a última, de todas as desgraçadas.
Honrada ou desprezada; vil ou simplesmente sagrada;

sou o som e o silêncio; sou o choro e a risada.

Sou a eterna abundância; pois sempre dou importância, para a semente lançada, num solo de doce fragrância, pois o meu nome é Sttrada !

Sou o Rei e a Rainha; sou o súdito e o reinado;
sou a Coroa e a Forca, o Algoz e o Enforcado.

Uso a máscara da Vida, mas me confundem com a Morte.

Sou o Azar e a Sorte, e, aquela que foi dispensada.

Sou a bandeira da Paz mas me trocam pela Guerra,
na tirania da Terra, me vejo desapontada,
porém, quem me ama não erra, pois o meu nome é Sttrada !

Saindo de um turbilhão; alçando a torre encantada;
me vejo como uma estrela, de Lua e Sol enfeitada.

Com certeza amanhã, estarei acompanhada, do Anjo que é puro élan,
de uma mulher coroada.

Sou a roca, sou o fio, sou tecelã afamada, na teia eu desafio quem faça a melhor laçada, pois entre a chama e o pavio, eu tramo a trama esperada, mesmo que seja apenas, por uma curta jornada.

Me coloque em sua vida, como uma moça querida, que precisa
ser amada; em troca posso lhe dar, o bem maior deste mundo
 numa bandeja dourada.

Me traga no coração prá me deixar encantada.

Não me esqueça e me honre com sua gentil chamada,
grite bem alto o meu nome !

Me chame, me chame, eu sou a sua “cigana estrada” !

Helena Rêgo/Cigana Sttrada
(do Clã Calom)