domingo, 20 de dezembro de 2015

Cigano Juan Pablo de Castañeda

O nome "Juan" era muito comum entre nosso povo e da mesma forma o nome "Pablo". Entre nós era normal recebermos dois nomes de batismo. Um nome indicava a origem materna e o outro nome a origem paterna. Ou seja: Juan, provinha de "Casa de Juan" ou dos devotos de São João Batista como era o caso de minha família paterna. São João Batista, aquele que anunciou e batizou Jesus, era muito querido por nosso povo. Pablo provinha da "Casa de Pablo" ou dos devotos de São Paulo, o grande guerreiro de Cristo e representava a minha família materna.
Nós éramos seguidores da tradição judaico-cristã, mas respeitávamos nossos antepassados e seguíamos as tradições da Igreja Ortodoxa Oriental. Isso destoava do que a Igreja Tradicional pregava na época, pois haviam as Guerras Santas e a disputa por territórios. Nossa família era de uma linhagem conhecida na Síria Tradicional, mas devido às perseguições aos Cristãos, nos mudamos para a Europa. Os árabes eram mouros e a maioria dos europeus eram cristãos. Nossa família estava dividida em uma guerra onde éramos "árabes" expatriados, não-mouros e com premissa cristã. Explico tudo isso para que vocês entendam como era difícil viver naquela época, onde não seguíamos a tradição da Pátria Muçulmana, mas não éramos considerados Cristãos.
Meu pai trabalhava com o comércio da madeira do castanheiro e por isso seu sobrenome passou a ser Castañeda. Quando minha família se mudou para a Europa eu era um adolescente e passei a auxiliar meu pai em seu ofício. Também comercializávamos jóias e outros artefatos. Viajávamos constantemente para evitar perseguições, pois assim evitariamos qualquer elo com as pessoas locais. Isso impedia que elas soubessem sobre nós ou nossas vidas.
Cresci entre muitos países,  conheci muitas culturas, mas nenhuma tão profunda e vasta quanto a nossa. Durante uma dessas viagens conheci a Cláudia Soares, com quem me casei anos mais tarde. Apesar de não ter nascido cigana, ela foi adotada pelo meu povo após a morte de seus pais. Nossa vida foi muito boa, mesmo enfrentando dificuldades e perseguições.  Mas, outra hora contarei sobre minha vida conjugal e o final de minha existência como "gitano". Hasta brevedad!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

CIGANA ZAÍRA



Espanha! Terra de sonho, sol, flores e músicas, das roupas coloridas do meu povo. Um príncipe saía escondido do castelo vestindo roupas de plebeu. Ele queria estar entre os ciganos e assim o fez. Juntou-se aos ciganos e começou a dançar ao som da música e da alegria desse povo. Nesta hora, passou a cigana Zaira e disse: _Vamos dançar.
Ao passar perto dos vinhos, pegou uma caneca para ela e outra para ele.
O príncipe, que naquela hora era um plebeu, disse que, ali, até o vinho comum lhe parecia infinitamente melhor do que o da sua adega. Zaira rodopiava, mergulhada na musica.
Nos braços dele, seu corpo jovem e belo parecia ter asas e em seu rosto havia satisfação. Olhando-a, o principe falou: _Como te chamas, cigana bela? -Sou Zaira- disse-lhe ela. – E tu como te chamas? _ meu nome é Sol. Ela alisou-lhe o rosto com suavidade e disse:
_Não és cigano, quem és? -Não sou cigano, sou um pobre-coitado.
Ela riu e disse: – Não nos deixaremos mais. Virás conosco; se não és ninguém, podes ser cigano.
Ele sorriu, pensando:” se eu pudesse”! Mas, por que não? Talves fosse possivel ficar uns tempos com eles; seria fascinante.
A esta altura, ele não se conteve. levou-a para um lugar deserto e, no campo ermo, á luz das estrelas e da Lua, amaram-se loucamente.
Os encontros dos dois foram muitos, até que um dia ela disse: Iremos levantar acampamento amanhã.
Mas ele não poderia ir.
A cigana continuou: – Tu és fidalgo, mas te quero assim mesmo. Vem conosco. Mas ele disse: – Nada vou te esconder de minha parte. Eu sou o príncipe herdeiro do trono. Esquece-me, pois não podemos mais estar juntos – E foi-se afastando. Zaira olhou para o céu e disse: -Isto é para que eu aprenda que as ciganas não podem se casar com gajões.
O tempo passou.
Viajando daqui para lá, depois de nove meses, Zaira deu a luz uma menina e veio a falecer.
Essa menina se chamou Zaina e um cigano tomou-a sob sua proteção. Existe o relato sobre a Zaina e tambem sobre sua filha Zanair. Que apresentaremos em outra pagina.
Retirado do Livro: Mistérios do Povo Cigano Autoras: Ana da Cigana Natasha e Edileuza da Cigana Nazira

Salve a Cigana Zaira!!!

CIGANA ROSA MARIA






A Rosa Maria, é sensível, se apresenta ligada às artes e à beleza, e uma de suas especialidades é trabalhar com aromas.

Já tem o nome de flor (Rosa) porque adora perfumes e aprecia a beleza e a harmonia.

A responsabilidade de Rosamaria é levar as informações referentes ao plano espiritual para que  possam sempre manter seu elo com o cosmos sem se deixar levar pela vaidade ou ganância, uma vez que dotada de qualidades para pensar só em si mesma, ela possa em alguns momentos, se trancar em si mesma e esquecer de praticar a caridade ao próximo.

Podemos então deduzir que, os mentores são espíritos responsáveis pelo equilíbrio energético de cada um, por isso uma pessoa pode ter só um, outro terá vários, porque de acordo com cada ponto a ser tratado, muitas vezes será necessário espíritos com perfis diferentes e especializados em cada situação para ajudar a pessoa a conseguir trilhar sua evolução.

E claro, desde que, com a anuência divina (seu pedido sempre é atendido por Deus).

(Autor desconhecido)




Salve a Cigana Rosa Maria!!!

CIGANA WLANESHA











É uma cigana linda, de pele clara e cabelos amarelados que lembram uma espiga de milho e que brilham como ouro, quando em contato com o sol.

Wlanasha só usa roupas de cor amarelo ouro e com muito brilho.
Seu metal preferido é o ouro; seu cristal é o topázio.

No pescoço usa um cordão de ouro, que tem no centro um topázio em forma de pirâmide. Usa no pulso um lenço amarelo, amarrado e com as pontas soltas.

Na cabeça usa um lenço dourado e brincos de ouro, em forma de leque.
Enquanto esta incorporada, segura na mão uma rosa amarela.
As velas e as rosas em sua magia são sempre amarelas.

Ela não faz magia para o mal; suas magias preferidas são aquelas
feitas para defesa contra armadilhas dos inimigos e contra a inveja.
Wlanasha manuseava suas cartas desde os seis anos de idade.

A fase da Lua de sua preferência era a crescente.
Wlanasha, a cigana preferida de Bel-Karrano (Deus-Céu) é irmã gêmea
do cigano Wladimir.
Por isso, sempre que entregamos uma oferenda para a cigana Wlanasha, temos de entregar outra para o cigano Wladimir.


(AUTORA ANA DA CIGANA NATASHA)


Salve a Cigana Wlanesha!!!

CIGANA CARMENCITA







 

Carmencita é uma cigana espanhola, da Andaluzia.

Usa roupas coloridas, sem preferência de cor.

Não dispensa os colares, os anéis e as pulseiras.

Suas argolas são sempre de ouro.

Adora tocar castanholas, principalmente quando dança ao redor da fogueira.

Ela não dispensa um pandeiro com fitas finas e coloridas.

Todas as pessoas que têm esta cigana em sua aura jogam cartas e patacas; têm também um cristal de malaquita, que Carmencita não dispensa para suas magias.

Suas oferendas são sempre feitas aos sábados, até as 10 horas da manhã e com o Sol iluminando o planeta Terra.

Nunca coloque oferendas para Carmencita em um dia nublado.

(Autor desconhecido)

Salve a Cigana Carmencita!!!!

CIGANA SULAMITA





"ROSA VERMELHA;

ROSA AMARELA;

NO MEIO DE TANTAS ROSAS;

EU ESCOLHI  A MAIS BELA... "



É a protetora de mulheres grávidas, a que “toma conta” de partos difíceis. Esta cigana é natural de uma região entre França e Borgonha. Viveu muitos anos em Espanha e Itália. Viajou por muitos lugares, Portugal, Índia, Egito e outros. Em verdade trás em seu coração um pouco de cada um destes países no seu coração. De espírito vívido, é faceira, admirada por todos que a vêem, principalmente o sexo oposto. Boa, generosa é também geniosa ao extremo e capaz de ataques de fúria. Autorizada a entrar na aura de não ciganos, deixa sua mensagem e faz diversos trabalhos de magia. Suas magias geralmente são feitas com frutas. Mas a principal é para desamarrar parto difícil. Sulamita faz assim: Ela enterra uns ovos crus com cuidado na terra, em vaso ou chão, em frente da porta onde mora a grávida. Coloca em cima vários doces brancos e chama diversos espíritos ciganos e de outras linhas para fazer uma corrente de força. Os ovos são desenterrados quando a mulher da a luz sem perigo, então estes ovos são quebrados, simbolizando que ela esta quebrando todo o mal. Para que nada aconteça à mãe e o bebê. Obs. Diz esta cigana que em uma de suas encarnações morreu de parto, e quase toda segurança dela é enterrada.





SALVE A CIGANA SULAMITA!!!

CIGANA ESMERALDA







É uma cigana de vibração espiritual de muita luz e força. Cigana bela, andava sempre com uma cabra branca de mascote.
Viveu em Portugal,Espanha e França. Adora tachos,facas e colher de pau,pois é protetora da fartura. É festeira,risonha,mandona,deve ser tratada com cuidado e amor. Usa pandeiro enfeitado com fitas coloridas,tem olhos esverdeados.
Sua força em vida,era a justiça e a piedade. Gosta de bebida fina,frutas,doces variados; sua lua é cheia,e o dia é domingo. Adora dançar com seu pandeiro,usa uma tiara com pedras verdes e moedas.


Mais Pesquisas Sobre a Cigana Esmeralda
Protetora da fartura de alimentos, é feiticeira de comida, das que fazem feitiços que são comidos, para vários tipos de objetivos. Esmeralda é natural de Évora, em Portugal. Viajou por toda Europa, aprendendo pratos e aperfeiçoando suas magias. As magias de Esmeralda são douradouras e quando chega geralmente tem banquetes, por sua vez é ela mesma quem faz. É eximia usuaria de tachos (panelas de cobre) e facas, com as quais destricha, corta e cozinha. Para ela é indisponivel a colher de pau e a faca aflatada com bainha, que carrega em sua bolsa para caso de necessidade. È festeira, risonha, matrona, mandona e não aceita NÃO como resposta. grande doceira da magia cigana, é perigosa e deve ser tratada com muito amor e cuidado.